15 junho 2005

Falar de si próprio é uma coisa. Comentar e assumir suas manias, virtudes e defeitos. Posicionar-se diante de um assunto e dizer: “Sou assim”. É bom. É segurança. É quando não há arrogância (embora há quem veja arrogância em tudo que é bom).
Há os carentes (e todos nós somos um pouco, não?) que têm que repetir mil vezes em alto em bom som seus feitos, seus ganhos.
Mas auto-promoção é coisa completamente diversa.
Agora, pior que auto-promoção, é o que acontece quando a pessoa, além de se elogiar nababescamente, compara-se ao outros que são bárbaros miseráveis perto dela. Claro, para enfatizar sua competência, bondade, inteligência, atributos.
Já li em algum lugar que quem fala mal dos outros, na realidade está falando bem de si mesmo.

Precisa disso?
Falta de ética é um termo bonito demais para se aplicar às gentes dessa espécie.
Eu tenho vontade de vomitar.
Depois da raiva, eu apenas fico com pena da pessoa-criatura.
Eu sou mesmo uma tonta.