Pronto. O ano já se foi para nunca mais.
Para ajudar a empurrar o ano para o beleléu, vieram ao meu socorro os famosos barracos familiares que não acontecem em qualquer época do ano, não. Essas coisas vão se juntando e gostam de abrir as asas de corvo no clima de gingoubeus, de confraternização...pfff.

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E eu, louca por listas, vou fazer as minhas para o ano. E cumpri-las à risca, desde que não virem um motivo a mais para aumentar minha ansiedade.
Ah, tá...
Acabei de ler na Marina W. (que eu adoro de paixão!) que ela intercala pedaços de seriados no DVD com afazeres de casa, um arrumadinha aqui, uma mexida ali.....e eu ando assim também...o que será isso?
Vamos ver se tomo jeito.

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Mas as férias de última hora na praia caíram do céu: passei o Natal numa festa de amigos e comi um risoto de vôngole e camarão obscenamente delicioso. O Ano Novo foi na beira da praia de Santos, vendo os fogos, as pessoas vestidas de branco com maços de flores, acendendo velas, gente fazendo pedidos em voz alta, rezando, abraços, bêbados. Nós, eu marido e filhos, ceamos sanduíches e batatas fritas num pé-sujo a beira mar. Com cerveja gelada. Delícia!

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Pois eu passeei com esse meu corpinho de beluga nas praias sem o menor pudor, dentro de meu biquinão laranja que combinou muito bem com o tom beterraba que foi se espalhando pela minha pele, apesar do filtro 50 e do guarda sol. Culpa de um dia nublado que passei estendida na areia sem filtro solar. Bem-feito.

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E fui à feira! Atrás do prédio onde fiquei, às 5 da manhã começou a muvuca de vozes e caixas e barracas sendo atiradas ao chão e montadas. Levantei cedo, fiz café e fui às compras, oras. Havia me esquecido de como é bom andar na feira, sem pressa, ver as cores, as frutas empilhadas, barracas com temperos, quinquilharias, roupas, peixes, gente gritando e vendedores me convencendo a comprar pêssegos que estavam um mel. O cheiro-verde de lá, ao contrário do que se vende aqui, tem muuuuita salsa e só um pouquinho de cebolinha. :o)

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Mas é bom demais ficar o dia todo vendo o mar, as pessoas passando, a cor do céu mudando, me divertindo com os slogans e o marketing dos vendedores ambulantes, batida de maracujá com pinga tem outro gosto quando estamos de frente para o mar.
Não achei nenhuma conchinha, e as praias do Guarujá ficam sujas rapidinho, pois as barracas nem se dignam a oferecer saquinhos ou deixar baldes espalhados, como em outra praia que fui. Me escandaliza o lixo que as pessoas deixam pra trás, na areia. È um absurdo.

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Depois de muito caminhar e não encontrar em lugar nenhum a bolsa que eu queria, grande, com várias divisões, sem apliques da Hello Kitty ou retalhos de lona desfiada, com alças que possam ser usadas na transversal ou só de lado, nessa cidade que tem mais de 300.000 habitantes e não tem NADA, achei uma liquidação na Hering e, finalmente, uso minha bolsona preta de lona, sem detalhes, com zíperes (é assim, tem plural? Ou é como lápis?) simples e funcional. Agora me resta encurtar meus jeans, aposentar minhas plataformas estratosférias e comprar um All Star ou um Adidas Dakota...né, Renata?

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Ah, todo mundo já assistiu, e eu só agora: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Encanto, encanto, encanto. As cores, os objetos, as manias, as casas, os personagens. Amei tudo, tudo.
Agora eu saio, vou à livraria comprar uma agenda (que jurei não deixar em branco), umas coisinhas e um disco, pois vou tentar gravar o filme e ver mil vezes.